Na primeira manifestação desde que a Grécia pediu ajuda financeira a seus parceiros da zona do euro e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), na sexta-feira, marinheiros protestaram contra uma das primeiras medidas do governo para liberalizar o restritivo mercado de trabalho no país.
A Guarda Costeira informou que cerca de 400 estivadores e manifestantes da central sindical comunista Pame impediram aproximadamente mil passageiros, na maioria espanhóis, de retornar ao navio Zenith, de bandeira de Malta.
"Tivemos de levá-los par albergues", disse o chefe da Donomis, operadora do Zenith. "Estamos aguardando para ver se eles poderão partir mais tarde ou amanhã de manhã cedo. A impressão que tivemos é realmente muito ruim."
Antonis Dalakogiorgos, líder da União Pan-heleênica dos Marinheiros, disse que a reforma no setor de navegação, que permite que cruzeiros estrangeiros atraquem em vários portos gregos sem ter de contratar uma tripulação grega, é inaceitável.
"O levantamento das restrições significará o fim dos cruzeiros de bandeira grega e o funeral dos marinheiros gregos", disse ele.
As manifestações vêm crescendo no país desde que o governo do primeiro-ministro George Papandreou cortou salários do funcionalismo público, congelou pensões e elevou impostos, como parte de um plano para reduzir este ano o déficit orçamentário para pelo menos um terço do registrado no ano passado, de 13,6 por cento do PIB.
Muitos gregos estão agora se preparando para mais austeridade e a mídia informou que autoridades da União Europeia e do FMI propuseram mais de uma dezena de novas medidas para cortar gastos do governo e elevar a competitividade da economia da Grécia.
Fonte: Portal G1 / Mundo.
Imagem: Daniel Capella.
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